
O que é catarata:

Fisiopatologia
Existe um arranjo regular das fibras que formam o cristalino, o qual apresenta uma mínima quantidade de espaço extracelular (apenas 1,3% do total); além disso, apenas as fibras superficiais são nucleadas. As principais proteínas são altamente concentradas e de pequeno tamanho, o que mantém a transparência do citoplasma e minimiza a reflexão da luz. O aumento de tamanho das moléculas, ou de sua separação por excesso de água, leva a opacificação, podendo o paciente desenvolver catarata.
Para proteção contra a lesão oxidativa, moléculas de captura, como a vitamina E, estão presentes na membrana da lente. A glutationa reduzida, um potente redutor de radicais livres, é sintetizada no cristalino e encontrada em alta concentração no córtex e no epitélio. Ela mantém os tióis e o ascorbato em estado reduzido, capturando peróxidos e radicais livres, induzidos pela radiação.
Nenhuma alteração histológica importante parece ocorrer no núcleo do cristalino. A catarata parece resultar de opacificação, por acúmulo de proteínas de alto peso molecular. Isso faz com que o núcleo se torne amarelado e compactado (esclerose nuclear).
À medida que a catarata sofre maturação, a ruptura das fibras corticais progride e ocorre um grande acúmulo de água. Como resultado, a lente sofre edema e a câmara anterior torna-se mais estreita. Se o processo progride lentamente, uma lente encolhida com cápsula enrugada e uma córtex parcialmente absorvida, contendo depósitos cálcicos, aparece como catarata hipermadura. À medida que a córtex se liquefaz, fragmentos do cristalino podem se deslocar para o interior da câmara anterior, o que induz à atividade dos macrófagos, levando ao glaucoma fagolítico.
Sintomas
Em seu estágio inicial, a catarata pode causar uma perda discreta da qualidade visual, alterando a visão das cores, que se apresentam mais desbotadas.
Outro sintoma comum é a diminuição da acuidade visual noturna, às vezes com certo ofuscamento na presença de focos intensos de luz, como faróis de automóveis.
À medida que a catarata avança, a visão vai ficando progressivamente mais turva e embaçada, prejudicando as atividades mais comuns tais como a leitura, o caminhar ou até assistir TV.
Nos casos extremos, a queixa óbvia é a perda da visão útil. Não são raros os casos de pacientes mais idosos que sofrem quedas e fraturas sérias devido à visão prejudicada pela catarata.
Como suspeitar de catarata?
A catarata deve ser suspeitada em qualquer paciente que se queixe de declínio progressivo e indolor da acuidade visual. A opacidade da lente pode ser confirmada por exame de fundo de olho, sem dilatação pupilar, à oftalmoscopia direta.
A maioria dos casos de catarata ocorre em indivíduos com idade superior a 60 anos, ou em mais jovens que apresentam fatores de risco, como o diabetes, o uso de esteróides sistêmicos, ou passado de traumatismo ocular; esses pacientes devem ser avaliados anualmente por um oftalmologista, para monitoração de condições assintomáticas, como o glaucoma de ângulo aberto e a retinopatia diabética.
Tratamento
O único tratamento para a catarata é a remoção cirúrgica da lente opacificada, restaurando-se a transparência do eixo visual.
Atualmente, a cirurgia é indicada, quando os sintomas da catarata, interferem com a capacidade do paciente atender ás suas necessidades da vida diária.
A cirurgia de catarata é um procedimento de baixo risco, mas uma avaliação pré-operatória cuidadosa é de extrema importância, especialmente porque a população envolvida é idosa e, frequentemente, apresenta outras co-morbidades ( Hipertensão, diabetes, doença Arterial coronariana, infecção de Vias Aéreas Superiores, Doença Cardíaca Valvar )
A facoemulsificação (FEF) é um procedimento que faz parte das técnicas mais modernas de extração extracapsular, é realizada em centro cirúrgico e, na grande maioria, sob anestesia local. Trata-se de uma modificação da facectomia extracapsular, pois a catarata, em vez de ser retirada quase por inteiro, é toda fragmentada (emulsificada) em minúsculos pedaços através de um instrumento introduzido no olho semelhante a uma caneta com ponta bem fina e delicada. Essa ponta emite ondas de ultra-som e faz, simultaneamente, a emulsificação e retirada, por meio de sucção, dos fragmentos. Esse procedimento pode ser realizado por meio de uma pequena incisão, cerca de 2-3 mm. O objetivo é deixar a cápsula posterior intacta, porque essa servirá de apoio para a lente intra-ocular que será implantada, situação esta que representa a imensa maioria dos casos de catarata senil.
Fontes:
http://www.cirurgiadecatarata.com.br/whatis.asp
http://www.bibliomed.com.br/lib/emailorprint.cfm?id=16113&type=lib
http://www.drqueirozneto.com.br/artigos/artigo.asp?id=70
http://atlas.ucpel.tche.br/~nicolau/catarata.htm
http://www.tudosobrecatarata.com.br/html/index.html
http://www.visaolaser.com.br/doencas_cirurgia/cirurgias/facoemulsificacao.htm
2 comentários:
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