terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Aprenda a linguagem do silêncio


Por Osho

Você sempre permaneceu unido apenas informalmente, e quando está unido formalmente a alguém pode continuar enganando a respeito de mil e uma coisas disparatadas, porque nada importa — é só um passatempo.

Mas quando você começa a se sentir mais próximo de alguém surge uma intimidade, então até mesmo uma simples palavra que pronuncie é importante. Então você não pode brincar com as palavras com tanta facilidade, porque agora tudo tem significado.

Portanto, haverá lacunas de silêncio. A princípio você se sentirá estranho, porque não está acostumado ao silêncio. Você acha que deve dizer algo; do contrário, o que o outro irá pensar?

Sempre que você se aproxima de alguém, sempre que há algum tipo de amor, o silêncio vem e não há nada a dizer. Na verdade, não há nada a dizer — não há nada. Com um estranho, há muito a dizer; com os amigos, nada a dizer. E o silêncio se torna pesado porque você não está acostumado com ele.

Você não sabe o que é a música do silêncio. Você só conhece uma maneira de se comunicar, e essa é verbal, por intermédio da mente. Você não sabe como se comunicar por intermédio do coração, coração a coração, em silêncio.

Você não sabe como se comunicar apenas estando ali presente, por intermédio da sua presença. Você está evoluindo, e os padrões antigos de comunicação estão ficando insuficientes. Você terá de desenvolver novos padrões de comunicação não-verbal. Quanto mais alguém amadurece, mais necessária é a comunicação não-verbal.

A linguagem é necessária porque não sabemos como nos comunicar. Quando sabemos como fazê-lo, pouco a pouco, a linguagem não é necessária. A linguagem é apenas um meio muito primário. O meio verdadeiro é o silêncio.

Portanto, não tome uma atitude errada; do contrário, irá parar de crescer. Nada faz falta quando a linguagem começa a desaparecer; essa é uma ideia errada. Algo novo tem de aparecer, e os antigos padrões não são suficientes para contê-lo.

Você está crescendo e suas roupas estão ficando apertadas. Não é que esteja faltando algo; algo está sendo acrescentado a você a cada dia.

Quanto mais você medita, mais você ama e mais se relaciona. E, por fim, chega o momento em que apenas o silêncio convém. Assim, da próxima vez em que estiver com alguém e não estiver se comunicando com palavras, e sentir-se pouco à vontade, fique feliz. Mantenha o silêncio e deixe que o silêncio estabeleça a comunicação.

A linguagem é necessária para aproximar pessoas com quem você não tem um relacionamento amoroso. A não-linguagem é necessária para pessoas com quem você tem um relacionamento amoroso.

É preciso tornar-se inocente outra vez como uma criança, e calado. Os gestos sairão — às vezes vocês sorriem e dão-se as mãos, ou às vezes vocês apenas ficam em silêncio, olhando um nos olhos do outro, sem fazer nada, só estando ali, presentes.

As presenças se encontram e se fundem, e algo acontece que só vocês sabem. Só vocês, com quem está acontecendo — ninguém mais vai saber, tal aprofundidade em que acontece.

Aproveite esse silêncio; sinta-o, prove-o e saboreie-o. Logo você vai ver que ele tem a sua própria comunicação; que ela é maior, mais elevada, mais secreta e mais profunda. E que a comunicação é sagrada; há uma pureza em torno dela.

Osho

V.I.D.A. - um curta sobre depressão e suicídio

Ana Silvia é uma advogada e mãe que sofre de depressão a alguns anos, o que a levou a montar um grupo de apoio a depressivos que se reúne regularmente.

O filme acompanha um dia na vida desta mulher, no qual ela está enfrentando uma crise aguda de depressão, bem como o desencontro com sua irmã e a incapacidade de cuidar da filha. Mesmo assim ela reúne forças para moderar o grupo de pessoas que sofrem da mesma doença que ela, tendo nesse dia na reunião a presença de dois jovens que filmam os depoimentos para um documentário, sendo todos surpreendidos por uma revelação.

Para ver o curta vá diretamente ao site oficial: http://www.pensamentosfilmados.com.br/br/curtas/vida/

Visite também o blog do filme, onde você pode deixar depoimentos: http://www.filmevida.blogspot.com/

Concursos de fantasias animam Hospital Escola Portugal Ramalho

Festa acontecerá com animação em todas as alas da instituição e desfile pelas ruas do Farol

Agência Alagoas

A prévia da 18ª edição do Bloco Maluco Beleza do Hospital Escola Portugal Ramalho (HEPR) acontece no próximo dia 28 de janeiro, às 15h, na Praça Chiquinho, localizada no ponto central na sede da unidade hospitalar. Animados pela Banda da Polícia Militar de Alagoas, usuários, familiares, amigos, parceiros e colaboradores do hospital percorrem todas as alas da instituição.

De acordo com o gerente geral do HEPR, psiquiatra Audenis Peixoto, o objetivo da mobilidade da festa é levar alegria aos usuários acamados e aos que por razões psíquicas não conseguem se juntar ao grupo. “ A festa é para todos, mas sabemos que devido à inconstância da patologia, alguns não acompanham o momento festivo, e por isso, vamos até eles, levando o nosso sorriso”, explica.

Serão escolhidos o Rei e a Rainha do Carnaval 2010 que desfilarão em carro alegórico no dia 4 de fevereiro, quando do desfile oficial do bloco pelas ruas do bairro do Farol “Os candidatos irão representar suas alas, se apresentando com trajes carnavalescos, sendo observados critérios como traje, desenvoltura e contentamento”, destaca João Neto, psicólogo responsável pelo evento.

Uma outra atração que vai movimentar a prévia da festa de momo será o concurso de fantasias com material reciclável. “Os pacientes é que vão confeccionar sua fantasia, utilizando resíduos sólidos, como latinhas, papel, garrafas pet, revistas, retalhos, CDs e outros materiais transformados”, destaca a terapeuta ocupacional Claudete Lins, à frente da organização do concurso.


fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=194429

domingo, 24 de janeiro de 2010

(Ré)forma psiquiátrica?

Que mundo é este?

por Fernando Lejderman

A doença mental de Nathaniel Ayers, no filme O Solista, ilustra a difícil realidade dos moradores de rua de Los Angeles, EUA; também correspondente à das grandes cidades brasileiras. O filme se baseia na história de um jornalista que, ao procurar uma matéria interessante, encontra um músico morador de rua. Com o passar do tempo, o jornalista realiza inúmeras tentativas para recuperar o potencial artístico e a sanidade mental desse personagem, que um dia fora um artista de extremo talento.

Muitos moradores de rua são pessoas desgarradas da família devido à gravidade da doença mental que os aflige e/ou pelo uso simultâneo de álcool e drogas, sobretudo as mais baratas, como o crack. O número desses moradores de rua vem aumentando desde 1990, após a mudança da legislação em relação às hospitalizações psiquiátricas, que, a partir de então, exige a vontade manifesta e a anuência dos doentes para serem hospitalizados. Estima-se que o número de moradores de rua de Porto Alegre esteja ao redor de 1,4 mil; em São Paulo, é cerca de 14 mil pessoas.

Presumir que uma pessoa delirante, com o pensamento fragmentado, desconectada do senso de realidade comum, que se imagina poderosa como um Deus ou um ser extraterrestre, manifeste a sua vontade ou assine um termo de responsabilidade aceitando a necessidade de tratamento especializado é algo incompreensível, desprovido de conhecimento, em relação à lógica dos processos mentais. No entanto, é exatamente isso que vem acontecendo no dia a dia da assistência aos doentes mentais graves desamparados, no que se refere a suas doenças de base, que deterioram o estado psicológico, aumentam o contágio de doenças infecciosas, como hepatite C, tuberculose e aids, levando a completa decadência física e mental.

Além das ruas, também as prisões se tornaram um lar alternativo para uma parcela dessa população de doentes que, por fim, acaba cometendo pequenos delitos ou quadros de agressividade e agitação psicomotora. Recentemente, o jornalista Nilson Souza publicou uma crônica em Zero Hora que conta justamente a história de um doente mental que permaneceu durante vários meses numa prisão em Caxias do Sul, cujo apelido, certamente não por acaso, era Quase Nada. Que mundo é este em que doentes mentais ficam nas ruas e nas prisões?

No Rio Grande do Sul, a Lei Estadual nº 9.716, aprovada em 1992, proíbe a construção de novos hospitais psiquiátricos públicos, bem como o aumento de vagas nos já existentes. No Artigo 15 da lei, ficou estabelecido que a reforma psiquiátrica seria reavaliada quanto aos seus rumos e ritmo de implantação no prazo de cinco anos. Já se passaram 17 anos e, de lá para cá, a população de doentes mentais nas ruas cresce ininterruptamente. Está mais do que na hora de se rever esta legislação.

* PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE PSIQUIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Transtorno Bipolar do humor







Excelente reportagem, dividida em 3 partes, sobre o Transtorno Bipolar do Humor, anteriormente conhecido como Psicose Maníaco-Depressiva, que é um transtorno mental que acomete de 1 a 3% da população. Este transtorno é caracterizado pela ocorrência de episódios de depressão, alternados com episódios maníacos, que são episódios em que o paciente apresenta uma sensação de grande energia, podendo permanecer acordado, agitado ou realizando tarefas durante muito tempo seguido, sem se cansar; uma aceleração do pensamento, que pode ser observada por uma fala muito rápida e um por um fluxo de ideias que por vezes pode ser confuso, passando de um pensamento a outro por ligações tênues, como o som semelhante de duas palavras, ou uma mesma palavra repetida em duas ideias díspares; uma sensação de grandeza (como achar ser um grande artista, político ou atleta) e de múltiplas capacidades; descontrole de impulsos que podem se manifestar por gastos descontrolados, direção perigosa ou por uma conduta sexual exacerbada ou inadequada; uma sensação contínua de alegria, que não pode ser abalada nem por pensamentos tristes e, por vezes, episódios de irritabilidade ou agressividade. Por vezes, os episódios de depressão ou mania podem ser acompanhados por sensações que não correspondem à realidade (como ouvir vozes que outras pessoas não podem ouvir ou julgar estar envolvido em algum tipo de conspiração ou plano).

As primeiras manifestações do transtorno bipolar do humor ocorrem mais frequentemente
durante a terceira ou a quarta décadas de vida. Habitualmente, os pacientes portadores de transtorno bipolar do humor apresentam episódios depressivos ou maníacos e períodos sem sintomas entre eles. Se não for instituído tratamento, os períodos sem sintomas habitualmente se tornam mais raros e há grande prejuízo à vida pessoal.

Assim como na depressão, as causas do transtorno bipolar do humor são múltiplas: fatores bioquímicos (alterações em neurotransmissores), genéticos e ambientais.

Felizmente, o transtorno bipolar do humor é uma doença tratável. Em seu tratamento são empregados medicamentos conhecidos como estabilizadores do humor, que servem para tratar tanto os episódios depressivos quanto os episódios maníacos e também previnem a ocorrência de novos episódios. O tratamento desta doença é feito obrigatoriamente com o uso de medicamentos e pode ser complementado com o emprego de psicoterapia.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Sentir raiva é ruim, esconder a raiva é pior ainda

Homens que não expressam abertamente sua raiva diante de situações onde se sentem muito prejudicados, como por exemplo, se forem tratados injustamente no trabalho, duplicam o risco de um ataque cardíaco, conforme sugere uma pesquisa sueca. Os pesquisadores analisaram 2.755 trabalhadores do sexo masculino em Estocolmo que não tinham tido um ataque cardíaco.

As pessoas pesquisadas foram questionadas sobre como lidavam com o conflito no trabalho, fosse com superiores ou com colegas. Os pesquisadores dizem que o estudo mostra uma forte relação entre a raiva reprimida e doenças cardíacas.

As pessoas foram divididas em dois grupos; aquelas que lidavam racionalmente com os conflitos possíveis de gerar raiva, opinando ou manifestando descontentamento e aquelas que, embora sendo mobilizadas emocionalmente, deixavam as coisas passarem, não manifestavam qualquer reação emocional ao conflito. As pessoas do grupo, digamos, passivas, desenvolveram sintomas como cefaléia, dor de estômago ou apresentaram mau humor em casa.

Esse estudo começou em 1992 e terminou em 2003. Até o último ano de observação 47 das 2.755 pessoas estudadas tiveram um ataque cardíaco ou morte por doença cardíaca. Os homens que deixavam as coisas passarem sem dizer nada diante de situações estimulantes de raiva tiveram o dobro do risco de um ataque cardíaco ou morte por doença cardíaca grave, em comparação com os homens que agiam, questionavam e lidavam racionalmente com a situação.

Raiva

Os pesquisadores acreditam que a raiva pode produzir tensões fisiológicas se não for externada, e estas tensões internas levam ao aumento da pressão arterial que, eventualmente, acabam prejudicando o sistema cardiovascular. O Dr. Constanze Leineweber, do Stress Research Institute de Estocolmo, que liderou esse estudo disse: "... apesar de existir uma pesquisa anterior apontando sobre isso, a surpresa foi que a associação entre a raiva reprimida e doenças do coração não parecia ser tão forte como se demonstrou agora". Fonte: BBC .

A Raiva não é contra-indicada ao ser humano apenas por questão ética, mas, sobretudo, por seu aspecto médico. A Raiva mata ou, pelo menos, aumenta os riscos de ter algum problema sério de saúde, desde uma simples crise alérgica, ou grave úlcera digestiva, até um fulminante ataque cardíaco.

Visite PsiqWeb

Related Posts with Thumbnails