quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Depressão: quando encaminhar ao psiquiatra?



A depressão é uma condição relativamente comum, de curso crônico e recorrente. Está freqüentemente associada com incapacitação funcional e comprometimento da saúde física. Os pacientes deprimidos apresentam limitação da sua atividade e bem estar, além de uma maior utilização de serviços de saúde. No entanto, a depressão segue sendo subdiagnosticada e subtratada. Entre 30 e 60% dos casos de depressão não são detectados pelo médico clínico em cuidados primários. Muitas vezes, os pacientes deprimidos também não recebem tratamentos suficientemente adequados e específicos. A morbi-mortalidade associada à depressão pode ser, em boa parte, prevenida (em torno de 70%) com o tratamento correto.


Quando encaminhar ao psiquiatra?

  • O encaminhamento ao psiquiatra está indicado nas seguintes situações:

1) risco de suicídio;
2) sintomas psicóticos;
3) história de transtorno afetivo bipolar. 

  • O encaminhamento ou consultoria com psiquiatra é apropriado nas seguintes situações:

1) médico sente-se incapaz de lidar com o caso;
2) duas ou mais tentativas de tratamento antidepressivo malsucedidas
ou com resposta parcial.


Quando tratar com Antidepressivos?

Episódio depressivo moderado a grave e distimia

Os medicamentos antidepressivos são a primeira linha de tratamento independente da presença de fatores ambientais.

Episódios depressivos leves (primeiro episódio)

1) Antidepressivos não estão indicados;
2) educação, suporte e simples solução de problemas são recomendados;
3) monitoração para a persistência ou para o desenvolvimento de episódio depressivo moderado a grave.

Episódios depressivos leves persistentes

Teste terapêutico com medicamento antidepressivo.

Episódio depressivo leve em paciente com história prévia de episódio depressivo moderado a grave

Considerar tratamento com antidepressivo.

Episódios depressivos leves a moderados
Psicoterapias específicas para depressão (cognitiva e interpessoal) são alternativas efetivas aos medicamentos, dependendo da disponibilidade de profissionais e preferência do paciente.


2 comentários:

Mente Hiperativa disse...

A mente humana é linda e fascinante, imprevisível e inclassificável.

Como saber se é depressão ou só tristeza?
Como saber se é hiperatividade ou bipolaridade?
Como saber se é patologia ou personalidade?
Como saber se é mania ou compulsão?
Como saber se é loucura ou sanidade?

TUDO é uma questão de grau e intensidade.

Thiago Moraes disse...

realmente meu amigo
compartilho com vc tal fascínio!

o "tudo" nunca "é". o "tudo" sempre "está"...ou não!?!
;)

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