terça-feira, 7 de julho de 2009

Arthur Ramos - 106 anos de obras vivas

Arthur Ramos de Araújo Pereira, nascido na cidade de Pilar – Alagoas em sete de julho de 1903, foi um dos principais intelectuais de sua época. Teve grande destaque na construção do mito da democracia racial e foi também importante no processo de institucionalização das Ciências Sociais no Brasil.

Foi médico psiquiatra, psicólogo social, etnólogo, folclorista e antropólogo brasileiro e um dos principais intelectuais de sua época. Destacou-se como antropólogo e etnógrafo, tendo publicado entre outras obras: Os horizontes míticos do negro na Bahia, O negro brasileiro, Folclore negro no Brasil, Introdução à antropologia brasileira, A aculturação dos negros no Brasil e Estudos de Folclore. Seus livros são, ainda hoje, fontes de consultas indispensáveis a quem se dedica ao estudo da africanologia.

Fundou a Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnografia, em 1941 e era Chefe do Departamento de Ciências Sociais da UNESCO. Em 1926 defendeu a tese de doutorado denominada "Primitivo e Loucura", recebendo grandes elogios de Sigmund Freud, Paul Eugen Bleuler e Lucien Lévy-Bruhl. Dividida em cinco capítulos, a tese trata de assuntos como: esquizofrenia, paranóia, distúrbios psíquicos da linguagem do alienado e do primitivo, além de propor algumas considerações de natureza conclusiva. O tema era relevante na época e muito estudado pelos psiquiatras de Zurique. Durante seu trabalho como médico na Bahia realizou pesquisas que o levaram a redigir sua tese de livre-docência: a Sordície nos alienados. Ainda na Bahia, redigiu importantes obras para a Psicologia como Estudos de Psicanálise (1931), Freud, Adler e Jung (933) e Psiquiatria e Psicanálise(1933).

Mesmo sendo considerado um dos maiores cientistas da humanidade, deixando um legado de mais de seiscentas obras, nunca esqueceu sua terra. Percebe-se isso quando escreveu: "A minha recompensa maior será a de estar ouvindo aquelas vozes queridas que os ventos constantemente me trazem do Pilar distante para a música do meu coração”.

Faleceu em 31 de outubro de 1949 em Paris, ajudando a construir um Plano de Paz para o mundo, ao lado de Bertrand Russel, Jean Piaget, Maria Montessori e Julien Huxley.

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_Ramos

http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932002000400012&lng=pt&nrm=

http://www.arthurramos.com.br/noticias.php

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